A minha falta de tempo deixou o BERRO desatualizado, mas na medida do possível acompanhei as duas ultimas semanas do colorado na Libertadores, e no Campeonato Brasileiro e não queria deixar de comentar estes episódios, pois estes foram marcantes para seqüência da temporada vermelha.
Parte 1 – Jogo de Ida – Libertadores: Internacional x Estudiantes
Após poupar vários titulares frente ao Cruzeiro no Beira-Rio, e não colher nada diferente que uma esperada derrota, o Inter se perfilou juntamente com o atual campeão da América, e porque não, mais credenciado time para manter o titulo este ano, o Estudiantes de
Estudiantes se encontrava em fim de temporada, havia perdido a liderança do Clausura na penúltima rodada para o Argentino Juniors. No fechamento do confronto do Beira-Rio o Inter chegou ao seu gol aos 42 do 2° por intermédio de Sorondo em bola parada de Andrezinho, pequeno deslize de marcação do Estudiantes custou a eles a derrota, e ao Inter, uma vantagem mínima, mas que se torna robusta por não tomar gol em casa.
Para encerrar este capitulo, o descansado Inter conquistou a vantagem no primeiro embate frente ao Estudiantes, detalhe que usando vários reservas frente a vários titulares do Cruzeiro na primeira rodada do nacional, e este Cruzeiro foi derrotado
Parte 2 – Campeonato Brasileiro – 2° rodada: Goiás x Internacional
Cheio de reservas novamente, o Inter foi a Goiânia enfrentar o Goiás de Emerson Leão, e depois de ter um 2x0 contra no primeiro tempo, conseguiu um 3x2 a favor no segundo, e o mesmo ingrediente do jogo de ida frente ao Estudiantes reapareceu: o preparo físico.
Walter foi o fator de desequilíbrio em favor do colorado no jogo e o time esmeraldino deu mostras que se não melhorar, e candidato seríssimo ao rebaixamento.
Parte 3 – Jogo de Volta – Libertadores: Estudiantes x Internacional
A partida impecável de Walter frente ao Goiás não foi o suficiente para Jorge Fossati, ele decidiu colocar o Inter no 3-6-1 no jogo de volta contra o Estudiantes no Centenário de Quilmes, e o 1 do colorado na frente era Alecsandro e não Walter.
A tentativa era que D´Alessandro, Andrezinho e até mesmo Kleber encostassem no centroavante na frente. Não deu certo.
Aos 19 minutos da etapa inicial, Gonzáles foi lançado nas costas de Bolívar, o sistema com três zagueiros não funcionou, pois Sorondo que deveria fazer a sobra não estava posicionado, o toque por cima de Abbondanzieri para o gol de número um dos Pincharratas no jogo mostrou a escandalosa falha de posicionamento defensiva do Inter. Dois minutos depois, a vantagem que o Inter conquistou no Beira-Rio com tanto suor virou pó no belo chute de Pérez de fora da área, nisso com mérito total do batedor e sem nenhuma culpa defensiva.
Depois disso visivelmente o Estudiantes diminui o ritmo e mesmo assim, não perdeu o controle do jogo, as tentativas coloradas foram sempre mais na força de vontade, que na organização tática.
Mais o ingrediente chave destes confrontos reapareceu: o preparo físico.
Os argentinos sentiram a “falta de pernas”. Walter no lugar de Ney e Giuliano no lugar de D´Alessandro deram ao Inter maior dinamismo de meia cancha, e novamente no fim do jogo o Inter conseguiu seu gol através de Giuliano aos 43, não foi um gol lotérico, o passe de Andrezinho para Giuliano desmonta isso, fumaça, briga básica entre brasileiros e argentinos, ou argentino e argentinos. Mais sorte do que juízo tem o Sr. Jorge Fossati. São Paulo é o adversário, não só da semi-final que virá após a Copa, mas do domingo no Brasileirão, no Beira-Rio.
Parte 4 – Campeonato Brasileiro – 3° rodada: Internacional x São Paulo.
Não inteiramente, mas parcialmente, poderíamos dizer que este jogo da 3° rodada do campeonato nacional, é uma prévia do que pode acontecer na Semi-Final da Libertadores, sorte do Inter que é apenas uma prévia. Fossati inexplicavelmente poupa titulares, vai de três zagueiros de novo e a primeira etapa de leve domínio do Inter, muito embate de meia-cancha e em um gol ocasional após rebote de batida de falta, a bola passa por baixo da barreira no segundo chute de Hernandes no mesmo lance, Pato se atira atrasado na bola apesar de ter sido pego de surpresa, reflexos mais apurados seriam decisivos para a realização desta defesa.
Nisso cresceu o São Paulo em suas melhores características, bem posicionado defensivamente e de saídas rápidas. Rápido? Fernandão no Inter foi acusado de lento. E até mesmo quando saiu do Inter, este estava lento, mas Fernandão no São Paulo é rápido! Não ele, e sim seu pensamento, sua execução, com Hernandes e Dagoberto ele achou seu futebol. Parceria é tudo. Organização é tudo. Fernandão nos deu o golpe de misericórdia. Respeitando e amando o clube, a instituição Sport Club Internacional, mas deixando claro: sou São Paulo Futebol Clube. Devemos esquecê-lo e tentar pará-lo na Libertadores. Inter precisa urgente de providencias, a primeira delas é o que quer Fossati, que muda de esquema como muda-se de roupa, o time precisa de continuidade para maturar seu coletivo. Aguardemos os próximos capítulos.
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